Abstract: A estimação da diversidade das células T, designadamente dos seus receptores (TCR), é essencial para compreender a actuação do sistema imunitário no seu combate a agentes patogénicos estranhos. Esta questão tem sido frequentemente manejada sob a suposição de que todas as "espécies" de TCR (os denominados clonotipos) estão igualmente representadas nos organismos multicelulares, mas vários estudos experimentais têm apontado para um padrão heterogéneo de diversidade. Neste sentido, resolveu-se contemplar modelos de abundância poissoniana transferidos da Ecologia para estimar quer a diversidade do repertório dos TCR quer a distribuição da frequência de clonotipos com cada nível de ocorrência nas células T (i.e., por tamanho clonal). Estes modelos paramétricos foram comparados com um modelo semiparamétrico obtido por uma mistura poissoniana por um processo Dirichlet através de uma análise bayesiana, assente em distintas distribuições a priori para a diversidade, aplicada a dados de linfócitos controladores (T4) e assassinos (T8) colhidos de um ratinho.